Mulheres ganham menos que os homens segundo pesquisa do IBGE

Uma realidade nossa velha conhecida surge novamente. As mulheres ganham menos que os homens no Brasil, segundo a última Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014, divulgada nesta sexta-feira 13/11.

Segundo dados revelados pela pesquisa, em 2014, considerando-se a população brasileira de 15 anos ou mais, as mulheres recebiam, em média, 74,5% do rendimento obtido pelos homens no trabalho.

No cenário geral houve um pequeno avanço, já que em relação a 2013, a redução do quadro de desigualdade entre os sexos avançou um ponto percentual, era 73,5%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística – IBGE.

Analisando os números

O tempo passa, a sociedade evolui mas o cenário é o mesmo, as mulheres ganham menos que os homens. Segundo a Pnad, no ano passado, os homens com 15 anos ou mais recebiam, em média, R$ 1.987 por mês, e as mulheres, no mesmo período, ganhavam R$ 1.480.

Os dados da pesquisa incluem todas pessoas que estavam trabalhando e recebiam algum tipo de salário, excluindo-se da amostra, as que não tinham remuneração ou eram pagas apenas com benefícios.

Somado este subgrupo, em 2014, o rendimento médio mensal dos homens era de R$ 1.885, e o das mulheres, R$ 1.332. Ou seja, em termos práticos, as mulheres recebiam pouco mais de 70% dos vencimentos obtidos pela população masculina.

Em 2014, o Brasil tinha 98,6 milhões de pessoas trabalhando, um aumento de 2,9% em comparação com 2013, enquanto a população em idade ativa evoluiu 1,7% no período.

A proporção de pessoas ocupadas entre a população em idade ativa foi de 61,9% no ano passado, mostrando aumento de 61,2% em relação a 2013. Entre as mulheres, o aumento ficou em 51,2% e, entre os homens, 73,7%.

Desigualdades regionais

O estado brasileiro onde a diferença salarial é mais alta é o Mato Grosso do Sul, onde os  pesquisadores do IBGE observaram o maior quadro de desigualdade no país. As mulheres, com um rendimento médio de R$ 1.474, recebiam, no ano passado, 65,1% do rendimento de trabalho dos homens que ficou, na média, em R$ 2.265.

O estado em que a diferença salarial entre homens e mulheres foi menor é o de Roraima, onde o índice atinge a marca de 90%. No estado, a média salarial das mulheres ficou em R$ 1.504, e os homens com rendimento médio de R$ 1.694.

Desemprego

O número de pessoas desocupadas também aumentou em 2014. Eram 7,3 milhões de pessoas desocupadas no ano passado, 9,3% a mais que em 2013. A taxa de desocupação ficou em 6,9% no ano pesquisado, contra 6,5% em 2013.

O maior aumento do desemprego foi verificado na Região Sudeste, com um crescimento de 15,8% no número de pessoas desocupadas. Mais da metade, ou o correspondente a 56,7% dos desocupados, eram mulheres, e 28,3% do total de desocupados nunca tinham trabalhado.

Como se pode ver, embora o segundo item do documento da ONU sobre os Princípios do Empoderamento das Mulheres fale claramente sobre a igualdade dos salários, essa ainda não é uma realidade no Brasil, onde temos muito a avançar.

Mantenha-se atualizada sobre este e outros assuntos referentes a situação da mulher na economia brasileira, assinando nosso Boletim Informativo.

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